OS REIS DAVI & SALOMÃO
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O célebre arqueólogo americano Edwin Thiele estabeleceu sua data de
nascimento por volta de 1040 a.C., e sua morte em 970 a.C., tendo
reinado sobre Judá de 1010 a 1003 a.C., e sobre o reino unificado de
Israel de 1003 a 970 a.C.[1] Os livros bíblicos de Samuel, I
Reis e I Crônicas são a única fonte de informação disponível sobre sua
vida e seu reinado, embora a estela de Tel Dan registre a existência, em
meados do século IX a.C., de uma dinastia real judaica chamada de "Casa
de David".
A vida de David é particularmente importante para a cultura judaica,
cristã e islâmica. No judaísmo David, ou Melekh David ("Rei
Davi"), é o Rei de Israel e do povo judaico; um descendente direto seu
será o Mashiach, o Messias judaico. No cristianismo David
é mencionado como um ancestral do pai adotivo de Jesus, José, e no
islamismo é conhecido como Daud, um profeta e rei de uma nação. Filho de
Jessé, da tribo de Judá, teria nascido na cidade de Belém e se destacado
na luta dos israelitas contra os filisteus. Tornou-se rei, sucedendo a
Saul e conquistou Jerusalém, que transformou em capital do Reino Unido
de Israel.
Seu nome é citado 1.139 vezes na Bíblia[2].
Arqueologia
Como acontece com vários outros personagens do antigo Israel, é
relativamente difícil questionar a existência histórica de Davi. Embora
não existam inscrições contemporâneas que façam referência ao rei,
textos não muito posteriores achados na Palestina parecem mencionar seu
nome. Um desses artefatos é a chamada estela de Tel Dan, descoberta ao
norte da Galiléia. A estela de Tel Dan, achada no norte de Israel, traz
um texto aramaico com a possível menção mais antiga ao nome de Davi fora
da Bíblia[3] Também foram descobertas minas de cobre na
Jordânia que podem ser uma indicação da existência do personagem bíblico
Rei Salomão, filho e sucessor do Rei David.[4]
Tradição bíblica
David viveu algures à volta de 1050 a.C., foi o segundo rei de Israel
sucedendo a Saul (sua história é relatada em detalhes nos livros de I e
II Samuel). Foi um rei popular e o homem mais vezes mencionado na
Bíblia. Ele foi o oitavo e o mais novo filho de Jessé, um habitante de
Belém. O seu pai parece ter sido um homem de situação modesta. O nome da
sua mãe não se encontra registrado, mas alguns pensam que ela era a
Nahash. Quanto à sua aparência pessoal, se sabe apenas que ele tinha
cabelos ruivos, formoso semblante e gentil aparência.
Na narrativa bíblica ele aparece inicialmente como tocador de harpa na
corte de Saul e ganha notoriedade ao matar em combate o gigante
guerreiro filisteu Golias, ganhando o direito de casar com a filha do
rei Saul e a isenção de impostos. Depois da morte de Saul, Davi governou
a tribo de Judá, enquanto o filho de Saul, Isboset, governou o resto de
Israel. Com a morte de Isboset, Davi foi escolhido o rei de toda Israel
e seu reinado marca uma mudança na realidade dos judeus: de uma
confederação de tribos, transformou-se em uma nação estabelecida. Ele
transferiu a capital de Hebron para Jerusalém, após conquistá-la, pois
esta não tinha nenhuma lealdade tribal anterior, e tornou-a o centro
religioso dos israelitas, trazendo consigo a Arca Sagrada (seu mais
sagrado objeto). Expandiu os territórios sobre os quais governou e
trouxe prosperidade a Israel. Seus últimos anos foram abalados por
rebeliões lideradas por seus filhos e rivalidades familiares na corte.
Ele é tradicionalmente visto como o autor do livro dos Salmos, mas
apenas uma parte é considerada seu trabalho.
Foi concedido por Deus, de acordo com a Bíblia, que a monarquia
israelita e judaica iria certamente vir da sua linha de descendentes. O
Judaísmo Ortodoxo acredita que o Messias será um descendente do Rei
David. O Novo Testamento qualifica Jesus como descendente de David.
Porém é certo que Jose esposo de Maria era descendente de Davi, porém
como a historia diz Maria ficou grávida do Espírito Santo logo Jesus não
descende de Davi. Segundo a tradição Judaica, o genro se tornava filho
do seu sogro, então sendo assim Jesus descende de Davi. Maria também é
descendente de Davi, portanto Jesus descende de Davi.
Foi ungido rei pelo profeta Samuel ainda durante o reinado de Saul,
causando ciúmes de sua parte. Por isto David se exilou por um tempo (
evitando uma rebelião contra o rei, pois confiava em Deus, e não tinha o
direito de tocar no ungido do Senhor)
Foi durante seu reinado que Jerusalém foi capturada dos jebuseus,
tornando-se capital do reino de Israel.
Contudo hoje os historiadores já encontraram vestiges que comprovam a
vida de Davi, este fato foi noticiado a pouco sobre uma pedra com
relatos sobre o rei Davi
A Davi são atribuídos diversos salmos da Bíblia. Sabe-se contudo que se
trata de pseudoepígrafe (uma falsa assinatura). Muitos salmos são
historicamente datados após a morte de Davi.
Resumo do relato bíblico sobre David
Samuel, instruído por Deus vai secretamente até a casa de Jessé para
ungir um novo rei para Israel. Apesar de David ser o mais novo de seus
sete irmãos ele foi o escolhido por Deus para ser ungido. A bíblia
relata que nessa época um "mau espírito" atormentava Saul e seus servos
buscaram alguém que soubesse tocar lira para que Saul se acalmasse. Saul
se afeiçoou por David e fez dele seu escudeiro.
Mais tarde quando o exército filisteu se reuniu para enfrentar os
israelitas, um gigante chamado Golias desafiou o exército israelita a
enviar um homem para enfrentá-lo, no entanto, os israelitas tiveram medo
do gigante. David, indignando-se da vergonha que Golias trazia a Deus e
a todo exército de Israel com suas palavras, decidiu enfrentá-lo. Saul
ofereceu sua armadura para David, no entanto ele recusou por não ser
treinado no combate com armadura e ser de pequena estatura em comparação
à armadura (a Bíblia relata que Saul era particularmente alto dizendo
que seus ombros sobressaíam acima do resto do povo), então Davi
enfrentou Golias munido apenas de uma funda e algumas pedras. Logo no
começo da batalha Davi acertou-lhe a testa com uma pedrada e, caindo
Golias, arrancou-lhe a cabeça com sua própria espada.
SAUL x DAVI
Após a vitória David foi colocado como líder de um grupo de soldados e
tornou-se o melhor amigo de Jônatas, filho de Saul. Sendo David bem
sucedido em todas suas missões e ganhando fama entre o povo, o rei Saul
passou a invejá-lo e temeu perder o poder para David. Algumas passagens
Bíblicas falam da grande amizade que havia entre Davi e Jônatas . Como
no caso da Declaração de Davi, para a Morte de Jônatas, onde Davi
afirma: "Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; quão amabilíssimo
me eras! Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres."
2 Samuel1:26
A partir daí Saul tentou por inúmeras vezes matar David, o qual fugiu
para salvar-se. Percebe-se nitidamente na narrativa bíblica que David
sempre respeitou a unção de Saul como rei.
David fugiu para o deserto, e começaram a reunir em torno de sí, todos
os indesejáveis da época, a Bíblia fala que ladrões e assassinos
começaram a procurá-lo, formando um pequeno contigente bélico, o qual o
ajudava a se defender das investidas tanto do rei Saul, quanto de outros
povos. Quando rei Saul morreu David governou a tribo de Judá. E Isboset,
filho de Saul, governou o restante de Israel. Quando Isboset morreu
David foi escolhido por Deus para governar a toda Israel. Ele foi um
homem usado por Deus e fez muitas mudanças a Israel.
Ascendência
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Abraão, com Sara
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Isaque, com Rebeca
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Jacó, com Lia
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Judá, com Tamar
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Farés, com mulher desconhecida
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Esrom, com mulher desconhecida
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Arão, com mulher desconhecida
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Aminadabe, com mulher desconhecida
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Nasom, com mulher desconhecida
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Salmom, com Raabe
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Boaz, com Rute
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Obede, com mulher desconhecida
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Jessé, com mulher desconhecida
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Davi,com Bate-Seba
Descendência
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David, casado com Betsabá
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Salomão, casado com Anelise
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Roboão, casado com mulher desconhecida
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Abia, casado com mulher desconhecida
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Asa, casado com mulher desconhecida
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Josafat, casado com mulher desconhecida
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Joram, casado com mulher desconhecida
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Ozias, casado com mulher desconhecida
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Joatham, casado com mulher desconhecida
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Acaz, casado com mulher desconhecida
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Ezequias, casado com mulher desconhecida
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Manassés, casado com mulher desconhecida
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Amón, casado com mulher desconhecida
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Josias, casado com mulher desconhecida
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Jeconias, casado com mulher desconhecida
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Salathiel, casado com mulher desconhecida
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Zorobabel, casado com mulher desconhecida
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Resá, casado com mulher desconhecida
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Joanã, casado com mulher desconhecida
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Jodá, casado com mulher desconhecida
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José, casado com mulher desconhecida
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Semeim, casado com mulher desconhecida
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Matatias, casado com mulher desconhecida
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Maat, casado com mulher desconhecida
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Nagai, casado com mulher desconhecida
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Esli, casado com mulher desconhecida
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Naum, casado com mulher desconhecida
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Amós, casado com mulher desconhecida
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Matatias, casado com mulher desconhecida
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José, casado com mulher desconhecida
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Janai, casado com mulher desconhecida
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Melqui, casado com mulher desconhecida
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Levi, casado com mulher desconhecida
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Matã, casado com mulher desconhecida
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Heli, casado com Anna
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Maria, mãe de Jesus, casada com São José
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Jesus Cristo, solteiro, sem filhos
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Abiud, casado com mulher desconhecida
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Eliacim, casado com mulher desconhecida
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Azor, casado com mulher desconhecida
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Sadoc, casado com mulher desconhecida
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Achim, casado com mulher desconhecida
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Eliud, casado com mulher desconhecida
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Matham, casado com mulher desconhecida
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Jacob, casado com mulher desconhecida
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José, casado com Maria, mãe de Jesus
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Jesus Cristo, solteiro, sem filhos
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Natão, casado com mulher desconhecida
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Matatá, casado com mulher desconhecida, sem filhos
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Essa não é a única versão, pois não existe um consenso.
Referências
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Thiele, Edwin. The Mysterious Numbers of the Hebrew Kings, 1ª
ed.; Nova York: Macmillan, 1951; 2ª ed.; Grand Rapids: Eerdmans, 1965;
3ª ed.; Grand Rapids: Zondervan/Kregel, 1983.
ISBN 0-8254-3825-X, 9780825438257
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Davi, acessado em 25 de julho de 2010
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Título ainda não informado (favor adicionar).
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Título ainda não informado (favor adicionar).
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Geneall.net.
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Salomão na tradição bíblica
Foi quem ordenou a construção do Templo de Jerusalém, no seu 4.º ano,
também conhecido como o Templo de Salomão, levado a efeito por Hiram
Abiff, segundo a Bíblia, em Reis e em Crônicas. Depois disso, mandou
construir um novo Palácio Real para o Sumo Sacerdote, o Palácio da Filha
de Faraó, a Casa de Cedro do Líbano e o Pórtico das Colunas. A descrição
do seu Trono era exemplar único em seus dias. Mandou construir fortes
muralhas na cidade de Jerusalém, bem como diversas cidades fortificadas
e torres de vigia.
Salomão se notabilizou pela sua grande sabedoria, prosperidade e
riquezas abundantes, bem como um longo reinado sem guerras. É uma
personagem bíblica envolta em muitos mitos e lendas extra-bíblicas. Foi
após a sua morte, que ocorre o previsto cisma nas Tribos de Israel,
originando o Reino de Judá (formado pelas 2 Tribos), ao Sul, e o Reino
de Israel Setentrional (formado pelas 10 Tribos), ao Norte.
Reinado de Salomão
Adonias, o filho primogénito de David, proclamou-se pretendente ao Trono
e sucessor de seu pai. Segundo os profetas, era da vontade Divina que o
sucessor fosse Salomão, filho de David e Bate-Seba. Visto que Salomão
não era o herdeiro imediato ao Trono, isso levou a intrigas e
conspirações pelos partidários de Adonias. O direito de Salomão ao trono
é assegurado mediante ação decidida de sua mãe, do Sumo Sacerdote
Zadoque e do profeta Natã, com aprovação do idoso Rei David. Logo que se
tornou rei, Salomão eliminou todos os conspiradores e consolidou o seu
reinado.
Diferente de seu pai, Salomão não se tornou num líder guerreiro, e isso,
não foi preciso. Soube manter a grande extensão territorial que herdara
de seu pai. Mostrou, de acordo com a tradição judaica cristã, ser um
grande governante e um juiz justo e imparcial. Soube habilmente
desenvolver o comércio externo e da indústria, as relações diplomáticas
com países vizinhos, o que levou a um progresso considerável das cidades
israelitas.
Salomão casou com uma filha de Faraó (Anelise) e recebeu como dote de
casamento a cidade cananéia de Gezar. Renovou a aliança comercial com
Hirão, Rei de Tiro. Ficou conhecido por ter ordenado a construção do
Templo de Jerusalém (também conhecido como o Templo de Salomão), no
Monte Moriá. Isto ocorreu no seu 4º ano de reinado, exatamente no 480.º
ano (479 anos completos mais alguns dias ou meses) após o Êxodo de
Israel do Egipto. (Os historiadores e exegetas bíblicos consideram esta
data como artificial, embora haja alguns biblistas que a consideram uma
sincronização autêntica.)
Após isso mandou construir fortes muralhas na cidade de Jerusalém, bem
como mandou reconstruir fortificar diversas cidades fortificadas (como
por exemplo, Megido, Bete-Seã, Hazor …) e construir cidades-armazém.
Salomão organizou uma nova estrutura administrativa, dividindo as terras
em 12 distritos administrativos governados por funcionários nomeados
diretamente pela administração central. No exército, deu especial
importância a cavalaria e aos carros de guerra. Dispunha no porto de
Eziom-Geber, no Golfo de Aqaba de uma frota de navios comerciais de
longo curso, chamados de "navios de Társis".
Segundo I Reis 11:3, Salomão tinha setecentas mulheres e trezentas
concubinas, e "suas mulheres lhe perverteram o coração e o seu
coração não era perfeito para com o Jeová seu Deus, como o coração de
Davi, seu pai".
Divisão do Reino
Com a sua morte, Roboão, seu filho, sucedeu-lhe no trono. Em vez de
ouvir o conselho sábio dos anciãos das tribos de Israel para aliviar a
carga tributária e os trabalhos compulsórios impostos por seu pai, ele
mandou aumenta-los. Isso levou à rebelião das tribos setentrionais e à
divisão do Reino em dois novos reinos: o Reino de Israel Setentrional
(ou Reino das 10 Tribos, tendo como Rei Jeroboão I), e o Reino de Judá
(tendo por capital Jerusalém e como rei, Reoboão).
Tradição posterior
A tradição posterior imputaria a Salomão grande sabedoria e ao seu
reinado o status de época áurea. Ele é considerado dentro da tradição
judaico-cristã, como o homem mais sábio que já viveu até então. A Bíblia
nos relata que no seu reinado diversos reis e governantes vinham a
Israel fazer perguntas e receber conselhos do Rei Salomão, incluindo a
rainha de Sabá. Durante os séculos posteriores, diversas obras de outros
autores eram imputadas a Salomão, para dar-lhes valor.
História do Bebê
A Salomão é atribuída a famosa história de que duas mulheres foram ao
seu palácio. Duas mulheres tiveram filhos juntos, um dos filhos morreu e
a mãe do que morreu, pegou a da outra mãe. De manhã, ela percebeu que
aquele que tinha morrido não era seu filho e começaram a discutir. Foram
até o palácio do Rei Salomão e contaram-lhe a história. Ele mandou
chamar um dos guardas e lhe ordenou: "Corte o bebê ao meio e dê um
pedaço para cada uma". Falado isso, uma das mães começou a chorar e
disse: "Não, eu prefiro ver meu filho nos braços de outra do que morto
nos meus", enquanto a outra disse: "Pra mim é justo". Salomão,
reconhecendo a mãe na primeira mulher, mandou que lhe entregassem o
filho. 1 Reis 3:16-28
Salomão na tradição islâmica
O Rei Salomão aparece no Corão com o nome de Sulayman ou
Suleiman. No Islão, é considerado como um profeta e um grande
legislador da parte de Alá .
Salomão à luz da História e da Arqueologia
Até o presente, não há qualquer comprovação ou mesmo indícios
significativos capazes de conferir autenticidade histórica à figura do
rei Salomão, nem que Jerusalém tenha sido, por volta do século X a.C., o
centro de um reino amplo e próspero, conforme descrito no Livro dos
Reis. Ademais, tendo sido Salomão um rei famoso por sua sabedoria e
riqueza (como mostrado na Bíblia), era de se esperar que seu nome fosse
referido por outros povos daquela região, sobretudo pelos fenícios de
Tiro, com quem o reino de Salomão manteria intenso comércio. A ausência
de quaisquer achados arqueológicos dessa natureza parece indicar que
Salomão é, na verdade, o símbolo de um passado glorioso (ainda que
legendário) que a maioria dos povos antigos apreciava se atribuir.[1]
Referências
A
Cabala trata do controle da energia mental (ou pensamento) através de um
sistema de rituais (acções repetidas) onde se destaca a utilização de
símbolos acompanhados de invocações (falas, chamados, fórmulas verbais,
versos, orações). A estrela de seis pontas é considerada o mais poderoso
dos símbolos mágicos cabalísticos, usado como objecto de meditação
sempre que se deseja uma conexão com Deus. Tal meditação pretende
alcançar um estado de consciência, que não é sono nem vigília,
caracterizado pela experiência de esquecimento ou abstracção do Ego
pessoal (a personalidade condicionada pelo mundo) e consequente
sentimento de identificação com o Eu Real, o Eu superior que é Uno ou
indissociável do Criador de Todas as Coisas. Esta unidade do homem com
Deus é a razão pela qual todas as religiões do mundo afirmam que "Deus
está dentro de cada um de nós". O "Namastê", cumprimento dos japoneses,
significa "O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em Ti”.
FUNDAMENTOS PITAGÓRICOS
Pitágoras foi um filósofo grego dedicado a estudos matemáticos e
reconhecidamente um Iniciado Ocultista. Em seu sistema de explicação da
realidade, considerava o "Número" como matriz metafísica do universo
objectivo, ou seja, a realidade emana de combinações de "entidades
numéricas" realizadas num plano ontológico subtil (plano de Ser
abstracto, não físico), não perceptível aos sentidos humanos. Quando
Pitágoras diz "Número" está querendo significar ser ou seres metafísicos
e primordiais. Cada número, em escala de 1 a 9, representa uma "entidade
metafísica" ou uma realidade, uma situação metafísica que evolui até se
projectar em uma realidade concreta.
Na
física subatômica, partículas matrizes (electróns, prótons, neutrons,
mésons, pósitrons, etc.) se combinam de maneiras diferentes na
composição de substâncias diferentes. Na física atômica, elementos
(hidrogênio, oxigênio, hélio) estabelecem "ligações" formando compostos,
como a água - H2O ou 2 átomos de hidrogênio e 1 átomo de
oxigênio. Note-se que partículas e átomos, invisíveis aos olhos humanos
são constituintes de toda a matéria perceptível inclusive os corpos das
criaturas. Isto demonstra como, a partir da dimensão do invisível surgem
as criaturas na dimensão do visível, ou ainda, o que é invisível para a
vista dos homens pode ser tornar visível com um dispositivo ótico mais
poderoso, como um microscópio electrônico.
GEOMETRIA & MATEMÁTICA DA ESTRELA
A
relação da Estrela de Davi com a Cabala e por conseguinte com a
matemática reside em um fato evidente: a estrela é uma figura geométrica
e, portanto, directamente associada às relações entre grandezas
matemáticas. Como figura geométrica, a estrela é composição de dois
triângulos equiláteros (triângulo que tem os três lados iguais e
portanto os três ângulos proporcionalmente iguais) e de iguais dimensões
(com igual comprimento dos lados). Estas igualdades são um primeiro
indicativo de equilíbrio da figura.
Matematicamente, à primeira vista, a estrela está associada ao número 6.
Ocorre que este número é um número composto, ou seja, é decomponível,
como uma substância química composta homogênea é decomponível em um
laboratório. A divisão de um número aos seus componentes mínimos
chama-se redução. A redução revela quais são os valores que se
relacionam na produção de um resultado. O 6, reduzido, mostra uma relção
entre 3 e 2.
6 =
3x2 e é necessário falar essa proposição para perceber seu significado
amplo "3 multiplicado duas vezes", ou um "3" que "se torna em "dois 3".
Em operação de soma, 6=3+3 e ambas as operações, adição e multiplicação
são apenas códigos que representam uma igualdade abstrata: 3x2= 3+3 =6.
Decompor um número é como descobrir os genitores, a origem, o como se
constituiu este número. Pitagoricamente, decompor um número é encontrar
a essência de um Ser. Conhecendo o número que representa um Ser ou uma
situação da realidade terrena, poder-se-ia, teoricamente, conhecer a
essência, a causa primordial de tal Ser ou situação.
Fonte:
·
Wikipédia
A CHAVE DE SALOMÃO
(CLAVÍCULA)
O
grimório contém uma coleção de 36 pantáculos (não confundir com
pentáculos) que possibilitariam uma ligação entre o plano físico e os
planos sutis. Os textos teriam a sua inspiração em ensinamentos
cabalísticos e talmúdicos.
Existem
diversas versões da Chave de Salomão, em várias traduções, com
menores ou maiores variações de conteúdo entre elas, sendo que a maioria
dos manuscritos originais datam dos séculos XVI e XVII, entretanto, há
uma versão em grego datada do século XV.
Fonte:
·
Wikipédia
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Título A.U.P.L UMBANDA BRANCA DO CABOCLO GIRASSOL ASSOCIAÇÃO UMBANDISTA PONTO DE LUZ Nosso atendimento é sem fins lucrativos. nossos trabalho são realisados aos sabados aparti das 20 horas, com giras abertas para todos os publicos Rua: Inacio Monteiro,1.275 Cohab Inacio Monteiro São Paulo. 2556-4084 Pai Dermeval Oxóssi , 2074-3259, ou Tel: 9 6503-1073 Wilton
sábado, 4 de fevereiro de 2012
OS REIS DAVI & SALOMÃO
CARMA
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15.1 -
CONCEITO:
Carma ou karma (do sânscrito
कर्म, transl. Karmam, e em pali, Kamma, "ação")
é um termo de uso religioso dentro das doutrinas budista, hinduísta e
jainista, adotado posteriormente também pela Teosofia, pelo espiritismo e
por um subgrupo significativo do movimento New Age, para expressar um
conjunto de ações dos homens e suas consequências.
Budismo: No budismo, Kamma ou Karma é a palavra para "ato" ou "ação", e nesse sentido usa-se a palavra em textos mais antigos para ilustrar a importância de desenvolver atitudes e intenções corretas. Considera-se que por gerar carma os seres encontram-se presos ao samsara (roda das reencarnações), e portanto a última meta da prática budista é extinguir o carma. Esoterismo: Alguns movimentos esotéricos costumam falar em karma no sentido de "conjunto de deméritos acumulados" e em dharma como "conjunto de méritos acumulados" (portanto o contrário de karma). Essa terminologia não é consistente com o uso tradicional das religiões orientais, principalmente porque Dharma significa ensinamento ou verdade em vez de mérito ou virtude. Outros adotam um conceito semelhante ao do Espiritismo. Espiritismo: Na visão espírita cada ser humano é um espírito imortal encarnado que herda as conseqüências boas ou más de suas encarnações anteriores. Embora Allan Kardec não tenha usado em momento algum a palavra "karma" ou qualquer de suas variações, esta veio a ser mais tarde incorporada ao jargão espírita por alguns espíritas, para designar o nível de evolução espiritual de cada indivíduo, ao qual se devem as circunstâncias favoráveis ou desfavoráveis que venha a encontrar. |
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No entanto, para
explicar isto o espiritismo apresenta um conceito mais abrangente: a
Lei de Causa e Efeito. Enquanto que
normalmente o conceito de karma sugere uma dívida a ser resgatada, a
lei de causa e efeito nos apresenta a idéia de que o futuro depende das
ações e decisões do presente. Uma causa positiva gera uma efeito positivo,
enquanto que uma causa negativa gera um efeito igualmente negativo.
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15.2 -
DETERMINISMO x LIVRE-ARBÍTRIO:
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Baseado na obra de Carlos Toledo Rizzini
É a
doutrina que afirma serem todos os acontecimentos –inclusive vontades e
escolhas humanas – causadas por acontecimentos anteriores. Segue-se que o
ser humano seria destituído de liberdade de decidir e de influir nos
fenômenos em que toma parte. O indivíduo faz exatamente aquilo que tinha de
fazer e não poderia fazer outra coisa; a determinação de seus atos pertence
à força de outras causas, externas e internas.
É a principal base do conhecimento científico da Natureza, porque afirma a existência de relações fixas e necessárias entre os seres e fenômenos naturais: O que acontece não poderia deixar de acontecer porque está ligado a causas anteriores. A chuva e o raio não surgem por acaso; a semente não germina sem razão.
Há
sempre acontecimentos prévios que preparam outros: Chove porque houve
primeiro a evaporação, depois a condensação do vapor e assim por diante. O
mundo físico e biológico são pois regidos pelo Determinismo,
principalmente no nível macroscópico. No nível mental também, os pensamentos
estão relacionados aos impulsos, traços de caráter e experiências
caracterizam a personalidade.
Doutrina oposta ao Determinismo (fatalismo,
Destino), que declara a vontade humana livre para tomar decisões e
determinar suas ações. Diante de várias opções oferecidas por uma situação
real, o homem poderia escolher uma racionalmente e agir livremente de acordo
com a escolha feita (ou não agir se quisesse). Exige, portanto, capacidade
de discernir e liberdade interior.
O animal e o selvagem vêem as coisas em função
de sua utilidade imediata procurando sempre satisfazer seus instintos
e impulsos primários; uma fruta será comida para saciar a fome. O
civilizado poderá ter múltiplas escolhas para a fruta, comer, examinar
microscopicamente, usar para a medicina, fazer doce, reaproveitar a casca ou
a semente, etc, pois percebe-a sob múltiplos aspectos.
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Pode-se quando mais esclarecido, tomar uma decisão que caminho seguir.
Mas as condições mentais de um indivíduo lhes impõem limitações em seu livre arbítrio: impulsos, hábitos, vícios, inércia, modismo, etc; tolhem e diminuem a liberdade de um indivíduo. Mas não chegam a cassar ela totalmente nem eliminam as responsabilidades pelo seus atos.
Conclusão:
O aspecto essencial é saber se o indivíduo ao praticar a ação, era livre ou não para praticá-la. Para abortar tal questão, faremos, observar que ninguém parece se conduzir como um autômato e as atividades usuais desempenhadas pelas pessoas levam a pressupor a existência de vontade própria. Eles estudam, compram, discutem, vão a igreja, respeitam ou desrespeitam as leis, constroem casas, pontes, etc. A ciência nos responde com provas, fornecendo elementos sugestivos. Na verdade, o determinismo férreo do mundo inanimado vigora para os grandes corpos considerados em pequeno número: Passagem de um cometa daqui a 100 anos, eclipses, previsão de movimentos celestes, daí o sucesso das leis de Newton. Porém essa mesma precisão não funciona com corpos mínimos e em grande número, tal é o caso das partículas elementares da matéria; entra em jogo a probabilidade, isto é, leis estatísticas. De fato, as partículas subatômicas, como os elétrons, não admitem previsão exata como aceitam os sistemas planetários e outros corpos celestes.
Os corpos minúsculos possuem um comportamento
imprevisível. Não é possível estabelecer a velocidade e a posição destas
minúsculas partículas. Também a radioatividade ou desintegração espontânea
do rádio (metal) mostra isso.
Uma quantidade qualquer de rádio leva de 1590 anos para reduzir-se pela metade sozinha, é a vida média. Isto é calculável com exatidão, mas quando um átomo se desintegrará ninguém consegue determinar, pode se desfragmentar daqui a um segundo, horas, dias como daqui a 1000 anos. Tudo acontece como se ele tivesse a liberdade para decidir o momento de sua desintegração. Entre os seres vivos, os genes exibem um comportamento semelhante. Genes são grandes moléculas de ácido nucléico encarregadas da transmissão de características de um organismo para os que descendem dele. De suas combinações e alterações surgem as modificações observados nas plantas e animais. O fato importante aqui é que essas alterações, ditas mutações, não se pode antecipar; elas surgem de modo descontínuo. Estes dados experimentais dão novo aspecto ao problema do livre arbítrio. No mundo mental, a consciência, o raciocínio ou faculdade de conhecer-se a si mesmo tem um desempenho imprevisível, porém varia em grau de maior ou menor escala em cada indivíduo. No reino animal e humano inferior prevalece o DETERMINISMO; o instinto segue a natureza com alternativas fatalistas. Uma armadilha para pegar leões, pegará todos os leões, uma ratoeira pegará todos os ratos. Ninguém pode impedir a neve de cair, a chuva, o vento. O livre arbítrio é progressivo, surge com a razão, que vai se desenvolvimento, a capacidade de discernir o que é certo e o que é errado. Parece ser claro que o LIVRE-ARBÍTRIO é uma conquista evolutiva, com ele desponta um fator essencial: a responsabilidade, que gera conseqüências pelos atos praticados.
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"A liberdade de
que gozam os habitantes terrestres não é, nem poderia ser, de caráter
absoluto, diante da condição do nosso mundo de expiações e provas.
Da liberdade plena só gozam, por conquista, os Espírito puros, aqueles que chegaram ao ápice da escala evolutiva e que se colocam a serviço do Criador, a Inteligência Suprema. Jesus é o exemplo e o modelo para a Humanidade terrestre".
O CONSOLADOR - Francisco Cândido Xavier - EMMANUEL:
"Determinismo e livre-arbítrio coexistem na vida, entrosando-se na estrada dos destinos, para a elevação e redenção dos homens".
LIVROS DOS ESPIRITOS -
Allan
Kardec:
“A fatalidade
existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou
daquela prova para sofrer. Escolhendo-a,
institui para
si uma espécie de destino, que é a conseqüência mesma da posição em que vem a
achar-se colocado. Falo das provas físicas, pois, pelo que toca às provas
morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao
bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir. Ao vê-lo fraquejar,
um bom Espírito pode vir-lhe em auxílio, mas não pode influir sobre ele de
maneira a dominar-lhe a vontade. Um Espírito mau, isto é, inferior,
mostrando-lhe, exagerando aos seus olhos um perigo físico, o poderá abalar e
amedrontar. Nem por isso, entretanto, a vontade do Espírito encarnado deixa
de se conservar livre de quaisquer peias (embaraço, impedimento,
obstáculo)”.
AÇÃO E REAÇÃO -
Espírito André Luiz -página 92
"Mesmo nas piores posições expiatórias a consciência goza dos direitos
inerentes ao livre arbítrio. Imaginemos um delinqüente monstruoso,
segregado na penitenciária.Acusado de vários crimes, permanece privado de
toda e qualquer liberdade na enxovia comum.
Ainda assim, na hipótese de aproveitar o tempo no cárcere, para servir
espontaneamente à ordem e ao bem-estar das autoridades e dos companheiros,
acatando com humildade e respeito as disposições da lei que o corrige,
atitude essa que resulta de seu livre arbítrio (MORAL) para ajudar ou
desajudar a si mesmo, a breve tempo esse prisioneiro começa por atrair a
simpatia daqueles que o cercam, avançando com segurança para a recuperação
de si mesmo".
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15.3 - VÁRIOS ÂNGULOS DO CARMA (KARMA)
Entrevista: Hernani Guimarães
Andrade (Biografia)
Texto integral da Revista Planeta - Especial:
Carma - março de 1990
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1 - Como o
senhor interpreta o carma (Karma)?
Acerca do carma (Karma), minha interpretação mantém-se de
acordo com as doutrinas orientais, particularmente o budismo. Traduzido
literalmente, carma (Karma) significa ação, uma ação continuada, uma espécie
de encadeamento de causas e efeitos.
Conforme ensina Alexandra David-Neel, em sua obra Le
Bouddhisme, Ses Doctrines et Ses Méthodes, o budismo encarregou-se de
popularizar o ensino da lei do carma (Karma), proclamando: "Ye dharmâ hetu
prabhavâ", isto é, "todas as coisas provêm de uma causa".
O carma (Karma) está vinculado ao processo reencarnatório.
É a sucessão das vidas que produz o encadeamento de causas e efeitos
característicos da vivência ordinária. Assim, cada existência será mais ou
menos feliz, mais ou menos desgraçada, em função dos atos que praticamos em
vidas anteriores.
Entretanto, não se trata, propriamente, de uma espécie de
"pena de talião", tipo "olho por olho, dente por dente". Muitas pessoas têm
esta falsa interpretação acerca do carma (Karma); pensam assim: "Se
eu mato, roubo ou injurio alguém nesta minha existência, na próxima
encarnação serei assassinado, roubado ou injuriado da mesma forma."
O carma (Karma) não é nada disso, absolutamente. Sem ser
direta e especificamente punido em função de cada falta praticada, o
malfeitor nem por isso deixará de expiar carmicamente os erros e crueldades
cometidos. Mas ele o fará sem aquele aspecto de vingança que teria uma
sanção imediata prescrita pela "pena de talião". Há um provérbio que dá uma
idéia aproximada do que seja o carma (Karma):
"Eu seria totalmente livre
hoje, se não houvesse cometido a falta de ontem; a falta de hoje será a
corrente que me prenderá amanhã."
2 - Existe
conotação negativa ou positiva no carma (Karma)?
Entendendo-se o vocábulo conotação no sentido da "relação
que se nota entre duas ou mais coisas", pensamos que sua indagação refere-se
à possibilidade de o carma (Karma) ser, em si, negativo ou positivo em
relação ao nosso destino. Acreditamos que não. O carma (Karma) é uma lei
natural. Esta lei tem um aspecto causal, embora probabilístico. Faz lembrar
as leis da física quântica. Desse modo, as conseqüências finais globais do
carma (Karma) resultam, estatisticamente, como uma correspondência exata
entre causa e efeito. Portanto, nós somos os únicos responsáveis pelo nosso
bom ou mau carma (Karma), nosso bom ou mau destino.
3 - Como se
inter-relacionam o carma (Karma) e o livre-arbítrio?
Pelas respostas anteriores, é fácil perceber que o
livre-arbítrio e o carma (Karma) atuam um sobre o outro, em um mútuo
condicionamento. Desse modo, é ilusório pensar que somos totalmente capazes
de exercer um real livre-arbítrio. Em outras palavras, o nosso
arbítrio não é inteiramente livre como imaginamos teoricamente. Somos livres
para agir, sim, mas dentro de condições limitadas. Por exemplo, não
conseguiremos, por simples livre-arbítrio, subtrair-nos à ação da gravidade.
Podemos contrabalançá-la, mas não impedir que ela atue
sobre a nossa massa física. Podemos, até certo ponto, prolongar ou reduzir
nosso tempo de vida, mas não conseguiremos tornar-nos imortais. Não somos
capazes de viver sem respirar, sem beber água ou sem alimentação, pois a
natureza assim nos condicionou. Logo, nosso livre-arbítrio é livre apenas
até determinados limites. E um desses limites é o nosso próprio carma (Karma).
Por sua vez, o nosso limitado livre-arbítrio condiciona o nosso futuro carma
(Karma).
4 - Existe
carma (Karma) de grupos sociais, de países? O senhor poderia nos dar um
exemplo de como isso funciona?
Sim, há carma (Karma) de grupos sociais, de países e até do
nosso planeta. Os melhores exemplos poderemos encontrar na história. O carma
(Karma) coletivo funciona da mesma forma que o individual. O resultado
global é igual à soma do comportamento das partes. Daí a importância da
educação, em todos os sentidos (intelectual, moral e cívica), dos cidadãos
de um pais. Sem isso, o caos é o minimo que poderá esperar-se em termos de
carma (Karma),
5 - Qual
seria a manifestação do carma (Karma) coletivo, por exemplo, na vida de
países de grande tradição bélica, como o Império Romano?
A história do Império Romano é muito longa para ser aqui
desfiada. Mas para quem procurar conhecêla, não haverá melhor exemplo da lei
do carma (Karma) atuando relativamente a uma coletividade humana.
6 - Entre
as várias filosofias e religiões que crêem na reencarnação, todas têm o
mesmo parecer sobre a Lei do Carma (Karma)?
Embora as filosofias e religiões que crêem na reencarnação
admitam, de certa forma, uma conseqüência causal propagando-se ao longo das
vidas sucessivas, nem por isso elas têm, formalmente, o mesmo parecer sobre
o carma (Karma).
Uma das questões que poderão influir no conceito de carma (Karma)
é a opinião acerca daquilo que se reencarna. Assim, por exemplo, a seita
budista Hinâyana; chamada também o Pequeno Veículo ou Escola Theravada
(Escola dos Maiores), admite que aquilo que se reencarna é uma espécie de
"energia" que passa de uma para outra encarnação. Em lugar de uma alma - ou
espírito
Todavia, Alexandra David-Neel, em sua obra Os Ensinamentos
Secretos dos Budistas Ttbetanosç informa que no Tibete a mesma seita
Theravada admite que aquilo que se reencarna é um princípio denominado
Namshés, uma espécie de consciência (o Jiva dos hindus).
A outra grande seita budista, o Mahâyana, ou Grande
Veículo, ensina que é uma alma aquilo que se reencarna. Embora os adeptos da
Escola Mahâyana creiam na
metempsicose,
Sinnet afirma que, nos escritos budistas autênticos, não há menção ao
renascimento do homem em corpos de irracionais. Vê-se, imediatamente,
que deve haver diferenças na forma de considerar a lei do carma (Karma)
pelas filosofias e religiões reencarnacionistas.
7 - Como a
física vê a possibilidade de retorno da energia centrada no espírito em
outro corpo no processo de reencarnação, para o "resgate" do carma (Karma)?
A física como ciência ortodoxa, e cujo objeto é bem
definido, não cuida do espírito nem de hipotéticas energias eventualmente
centradas neste último. Se algum físico está tentando abordar semelhante
área de investigação, ele, por enquanto, não poderá falar em nome da física.
8 - Seria o
espírito capaz de armazenar as informações adquiridas a cada encarnação? Que
forma teriam essas informações a nível de energia? O espírito é capaz de
aprender, de se lembrar de fatos passados e de suas conseqüências para
direcionar, de maneira mais apropriada, sua energia, em atitudes da vida
presente e futuras?
Independentemente da abordagem em termos de física, as
pesquisas acerca da reencarnação têm acumulado evidências que apontam a
favor do registro permanente das informações obtidas pelo espírito, ao longo
das suas encarnações sucessivas. O reaproveitamento das experiências
vivenciadas durante suas existências é um dos mecanismos da evolução das
espécies, inclusive do homem.
9 - A alma
"cresce ", "amadurece" ou "envelhece"?
O crescimento, o amadurecimento e o envelhecimento são
contingências dos seres vivos em geral. Pela natureza atribuída à alma,
parece um tanto impróprio assemelhá-la a um ser biológico. Entretanto,
parece fora de dúvida que devam existir níveis evolutivos correspondentes às
almas (ou espíritos). Logicamente, as almas que atravessam maior número de
encarnações, em corpos que se submeteram a condições mais intensas de
aprendizado, seriam as que "cresceram" e "amadureceram" mais. Seriam, assim,
as mais "velhas".
10 - Como
se estabelece uma relação de tempo/espaço com o espírito? Onde se concentra
essa energia a partir do desencarne até a encarnação seguinte? Quantas
reencarnações são necessárias para o resgate do carma (Karma)?
Para nós, continuam vigorando o nosso calendário e as
nossas medidas de espaço e tempo, quando avaliamos a situação
espaço-temporal do espírito. Não há fatores de conversão conhecidos. Para os
espíritos a coisa deve ser diferente, pois há evidências de que eles ocupam
um espaço-tempo pentadimensional, a saber: quatro dimensões de espaço e uma
de tempo.
Quando se fala em "energia", é necessário que se esclareça
o que se está querendo expressar. Energia é um ente abstrato que surge de
relações matemáticas empregadas pela mecânica.
Na realidade a energia não
pode ser vista, apalpada, etc. Sabe-se que ela existe na dependência de
estados relativos dos objetos. Pela Teoria Especial da Relatividade, uma
fórmula matemática exprime a relação entre a massa e a energia, mas isto não
basta para termos uma imagem da energia como ente observável, como por
exemplo uma pedra, uma gota de liquido ou uma corrente de ar.
A pergunta parece-nos referir-se à "informação" que é
conservada pelo espírito e que passa de uma encarnação para outra. Esta
"informação" é armazenada na própria estrutura tetradimensional do espírito.
Não existem meios de se estabelecer com segurança o número
de reencarnações necessárias para "zerar" o carma (Karma). Talvez isso
jamais ocorra, uma vez que o progresso do espírito parece ser indefinido. Se
assim for, o encadeamento de causas e efeitos- não deve cessar.
11 - Como a
reencarnação explica o crescimento populacional ano após ano? Em vista do
maior número de nascimentos em relação à população de desencarnados, que
carma (Karma) viriam resgatar os espíritos que encarnam naforma humana pela
primeira vez?
Em virtude da evolução biológica, a produção de espíritos
forma uma corrente ininterrupta, que alimenta constantemente o fluxo
reencarnatório em todos os níveis, inclusive o humano. Além disso, ainda
existe a fonte da imigração planetária, que parece ser um fato real.
A natureza do carma (Karma) não implica qualquer tipo de
resgate. O carma (Karma) é a seqüência de causas e efeitos. Ele se inicia
nas formas biomoleculares mais rudimentares e prossegue indefinidamente ao
longo da evolução.
12 - Como
surgem as doenças congênitas? Elas são resultado de um ajuste prévio feito
pelo indivíduo, pelos dirigentes espirituais da nova encarnação, ou advêm de
um processo mecânico?
As doenças congênitas surgem em decorrência de anomalias
genéticas. Segundo informações dos espíritos, obtidas através do médium
Chico Xavier, alguns indivíduos podem sofrer tais moléstias em decorrência
da necessidade de ajustes prévios solicitados pelos pacientes ou propostos
por dirigentes espirituais.
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Darma ou
Dharma (em sânscrito: धर्म, transl. Dharma; em páli Dhamma) significa "Lei
Natural" ou "Realidade". Com respeito ao seu significado espiritual, pode
ser considerado como o "Caminho para a Verdade Superior". O darma é a base
das filosofias, crenças e práticas que se originaram na Índia.
A mais antiga dessas, conhecida como Hinduísmo, é a Sanatana Dharma (ou Dharma Eterno). No Budismo, no jainismo e no sikhismo, o darma também tem um papel axial. Nessas tradições, seres que vivem em harmonia com o darma alcançam mais rapidamente o mocsa, o Dharma Yukam, o nirvana ou libertação da roda das samsaras, ou ciclo de reencarnações. O darma também se refere aos ensinamentos e doutrinas de diversos fundadores de tradições, como Siddhartha Gautama no budismo e Mahavira no jainismo. Como doutrina moral sobre os direitos e deveres de cada um, o Dharma se refere geralmente ao exercício de uma tarefa espiritual, mas também significa ordem social, conduta reta ou, simplesmente, virtude. Para algumas seitas e alguns pensadores, o darma também pode ser interpretado como ações virtuosas feitas tanto em vidas passadas (encarnação anteriores), como na vida atual, e irá receber tudo de novo do universo também com boas ações, assim como o carma pode ser considerado uma consequência ruim que se teve, tem ou terá, sendo consequências de todas as ações ruins que se teve, também nessa ou em vidas passadas. Fonte: Wikipédia |
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CAUSA E PROPÓSITO DO DESTINO Por: Bhagavad Sob o ponto de vista de quem atravessa um momento de sofrimento agudo em sua existência, nada pode ser mais inoportuno e desagradável do que alguém racionalizar ou tentar “explicar” as causas de sua dor com base em eventos passados nesta ou em alguma vida pregressa. A racionalização em momento inoportuno, longe de causar alívio, pode até mesmo aumentar o sofrimento e a revolta do sofredor, por ver alguém racionalizando friamente sobre seu sofrimento, em um momento em que desejaria receber conforto, empatia e calor humano. O Carma e o Darma (respectivamente, a causa e o propósito dos eventos) devem ser estudados sim, mas em situações prévias de estabilidade e de normalidade. Jamais devemos atormentar um sofredor com racionalizações e explicações em um momento de sofrimento intenso. Mas não há dúvida de que esses temas são importantes e sua compreensão prévia pode auxiliar o sofredor na compreensão e na absorção de seu sofrimento. A maior contribuição do pensamento oriental ao Ocidente foi a noção de carma como um encadeamento de causas pretéritas formando o cenário e as condições de nossa vida presente. A palavra carma já está definitivamente incorporada ao vernáculo de todas as nações ocidentais, e mesmo as pessoas que não se identificam com a filosofia oriental ou com o movimento espírita sabem o que significa essa palavra e falam fluentemente sobre o carma, embora de forma muitas vezes simplista e distorcida. O pensamento comum supõe que um carma seja uma espécie de operação aritmética de soma e subtração, quando, na verdade, é uma função integral ultracomplexa em que um conjunto de causas interagem holograficamente para gerar um efeito. E há uma outra questão ainda mais complexa: O conceito de carma foi introduzido no Ocidente sem o conceito complementar e associado ao carma e que é o darma . A única explicação para esse fato é que o darma constitui um conceito ainda mais complexo e sutil do que o próprio carma. A própria diversidade na tradução da palavra darma já é um indício dessa complexidade. Há muitas traduções, sem que nenhuma delas consiga transmitir em sua plenitude o significado original do sânscrito dharma : retidão, dever, religião, evolução, conduta correta, preceitos, moral, ensinamento etc. De fato, todas essas traduções são incompletas. Como princípio complementar ao carma, o darma pode ser compreendido como a linha de tendência que devemos seguir rumo à verdade, sendo essa linha de tendência resultante do alinhamento do nosso carma em uma determinada direção, que é o propósito e o rumo de nossa existência. O carma é composto por muitas linhas divergentes e conflitantes decorrentes das diversas ações harmônicas e desarmônicas que cometemos no passado. A linha de tendência resultante de todas essas múltiplas ações apontam numa determinada direção e assume um determinado propósito alinhado com a ordem divina do universo e de nossa vida em particular. Essa direção é o Darma . O darma é aquilo que os cristãos (particularmente os protestantes) costumam chamar de “O Plano de Deus para nossa vida”. Para atingirmos o nosso darma, temos de navegar nas “ondas” revoltas do carma, até que essas ondas estejam todas alinhadas e não exista mais diferença entre o carma e o darma. Quanto mais anulamos o nosso carma, mais tomamos consciência do nosso darma e mais alinhamos nossa vida com ele. Todavia, mesmo a pessoa que está vivendo uma fase de turbulência existencial e intenso sofrimento, está trabalhando simultaneamente seu darma, com a diferença de que está navegando uma onda periférica e prioritária, ilusoriamente afastada do curso normal de sua existência, o que não é verdade se virmos o fato no plano espiritual. É como um motorista numa estrada que se afasta da via principal para trocar um pneu ou reabastecer o seu veículo. Logo que essa operação for concluída, ele retorna à via principal. Naquele momento específico de sua viagem, a operação de troca dos pneus ou de reabastecimento foi mais importante do que seguir o curso normal da viagem. Para quem não conhece seus reais objetivos, o afastamento da estrada pode parecer uma insanidade. A grande dificuldade para se entender esse conceito é que, na vida real, nem mesmo o próprio viajante conhece os objetivos e os desvios de percurso. As coisas parecem simplesmente acontecer impulsionadas por uma força desconhecida. O conhecimento do carma e do darma facilita a compreensão desse processo, mesmo com o desconhecimento das forças causais e das linhas de tendência futura, que estão operando a cada instante, mudando o panorama de nossa vida e trazendo novas situações agradáveis ou desagradáveis. Está claro para todos que os eventos penosos que ocorrem em nossa vida constituem uma manifestação do carma, a colheita de causas passadas. A colheita dos frutos amargos, cujas sementes plantamos nesta ou em existências pretéritas. O que não está tão claro é que o sofrimento tem também um propósito dármico, tem o objetivo de eliminar o carma e de direcionar a alma para determinada direção, produzir maior sensibilidade e empatia. Só na escola do sofrimento é possível desenvolver empatia com os que sofrem dores semelhantes às nossas. Os seres dotados desse tipo de empatia, caso não estejam sofrendo na situação presente, já sofreram dores atrozes no passado, tendo, através disso, adquirido a empatia de forma permanente. Os grandes seres benfeitores da humanidade tem esse sentimento de empatia de forma permanente e em um grau extraordinariamente alto. Em função disso, sofrem intensamente todas as dores da humanidade. O sofrimento intenso e universalizado desses grandes seres é, todavia, neutralizado e equilibrado por uma sensação de êxtase advinda da percepção da unidade da vida e da percepção consciente de que o glorioso plano abrange todas essas distorções localizadas e particulares. Essa mescla de sentimentos e percepções faz com que os grandes avatares sintetizem o sofrimento e o êxtase em uma sensação unificada e fora da nossa compreensão, como se o sofrimento fosse o travo amargo de um vinho tinto saboroso. Diziam os antigos, com uma sabedoria que ultrapassa as próprias palavras: “O vinho é amargo, mas tem o sabor da vida”. Texto do site http://www.sociedadeteosofica.org.br/bhagavad/site/livro/cap13.htm |
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Praticar e
compreender o Dharma é uma coisa rara e preciosa. Poucas pessoas no
mundo são presenteadas com essa oportunidade. A maior parte das pessoas está
rodando em círculos, levadas pela ignorância e desejo, inconscientes da
possibilidade de saírem dessa roda de samsara, a roda de avidez e
ódio. As oportunidades para praticar surgem por causa de algo que na língua
páli se chama Parami. Cada momento mental que for livre de avidez, ódio e
ilusão tem certa força purificadora no fluxo da consciência; e em nossa
longa evolução acumulamos muitas dessas forças purificadoras dentro de
nossas mentes. Onde houver uma grande acumulação desses fatores benéficos de
não-avidez, não-ódio e não-ilusão, os paramis tornam-se fortes e
resultam em todo tipo de felicidade, desde os prazeres sensuais mais
mundanos até a mais elevada felicidade da iluminação. Nada acontece por
acaso ou sem causa.
Há dois tipos de paramis: pureza de conduta e pureza de sabedoria. As forças de purificação envolvidas na correta conduta tornam-se a causa de vizinhanças felizes, circunstâncias agradáveis, relacionamentos felizes e a oportunidade de ouvir o Dharma. O outro tipo de parami, a pureza de sabedoria, desenvolve-se pela prática do correto compreender e torna possível o crescimento da percepção, do insight. Ambos os tipos de paramis, essas duas forças de purificação, devem ser desenvolvidas para que tenhamos a chance de praticar o Dharma e, depois, a sabedoria para compreendermos. Há três pilares do Dharma, três campos de ação que cultivam e reforçam os paramis.
O primeiro deles
é a generosidade. Dar é a expressão do fator mental não-avidez em
ação. Não-avidez significa ceder, abrir mão, não segurar, não agarrar, não
se enganchar. Toda vez que dividimos algo ou damos algo a alguém, isso
reforça o fator benéfico, até que se torna uma força mental poderosa. O Buda
disse que se soubéssemos, como ele sabia, qual o fruto do ato de dar, nós
não deixaríamos passar nem sequer uma simples refeição sem dividi-la. Os
resultados cármicos da generosidade são a abundância e relacionamentos
profundamente harmoniosos com as outras pessoas. Dividir, compartilhar o que
temos é uma forma linda de nos relacionarmos com os outros e nossas amizades
ficarão muito intensificadas pela qualidade da generosidade. Ainda mais
significante é que o cultivo da não-avidez torna-se uma grande força de
liberação. O que nos mantém presos é o desejo e o apego em nossas mentes. À
medida que praticamos o dar, aprendemos a ceder, a abrir mão.
Diz-se que há três tipos de doadores. O primeiro são os doadores mendigos. Dão após muita hesitação e ainda assim apenas as sobras, o pior do que eles possuem. Eles pensam: "Será que eu deveria das ou não? Talvez sejam coisas demais?" E finalmente talvez se desfaçam de algo que realmente não queriam. Dadores amigáveis são pessoas que dão aquilo que elas próprias usariam. Dividem o que têm com menos deliberação, mais mãos-abertas. O mais elevado tipo de doadores são os doadores reais ou nobres que oferecem o melhor do que têm. Eles compartilham espontaneamente sem precisar deliberar. Dar tornou-se natural em sua conduta. A não-avidez é tão forte em suas mentes que em cada oportunidade que têm, eles dividem aquilo que é mais cobiçado, de forma solta e amorosa. Para algumas pessoas, doar é difícil; a ganância é forte e há muitos apegos. Para outros a generosidade vem facilmente. Não importa. De qualquer lugar do qual estejamos começando, simplesmente começamos a praticar. Cada ato de generosidade lentamente enfraquece o fator avidez. Compartilhar abertamente é uma forma linda de viver no mundo e, através da prática, podemos nos tornar doadores reais. Há dois tipos de consciência que estão envolvidos em nossos atos. Uma delas é a "consciência induzida": a mente que considera e delibera antes de agir. A outra é a chamada "consciência não-induzida" e é muito espontânea. Quando uma ação específica foi bem cultivada, não há mais necessidade de deliberar. Essa consciência não-induzida, muito espontânea, opera bem no momento. Através da prática, desenvolvemos o tipo de consciência em que dar se torna a expressão natural da mente. Devemos cultivar a generosidade a partir da compaixão e do amor por todos os seres. Em muitos discursos, o Buda incitou as pessoas a praticarem a doação até que ela se tornasse uma expressão fácil, sem esforço, da compreensão. A generosidade é um grande parami: figura como a primeira das perfeições do Buda. À medida que vai sendo cultivada, torna-se causa de grande felicidade em nossas vidas. O segundo pilar ou sustentáculo do Dharma, ou campo de ações purificadoras, é a abstenção moral. Isso significa seguir os cinco preceitos básicos:
Não matar, não roubar, não cometer desregramento
sexual, não utilizar discurso errado e não utilizar tóxicos que turvam a
mente e a tornam embaraçada.
- Todos os seres querem viver e ser felizes; todos os seres desejam ser livres da dor. É um estado mental muito mais leve preservar a vida do que destruí-la. É muito melhor remover gentilmente um inseto de dentro de nossas casas e colocá-lo para fora do que matá-lo. É ter reverência por todos os seres vivos. - Não roubar significa abster-se de tirar as coisas que não nos foram dadas. - Má conduta sexual ou desregramento sexual é mais facilmente entendido como abstenção de ações sensuais que causem dor ou prejudiquem os outros, ou turbulência e distúrbio em nós mesmos. - Abster-se do discurso incorreto significa não apenas dizer a verdade, mas evitar todo tipo de conversa frívola ou inútil. Muito do nosso tempo é perdido em fofocas. As coisas surgem em nossa mente e falamos sem considerar sua utilidade. Restrição no discurso é muito útil para tornar a mente pacificada. Não usar linguagem rude ou abusiva. Nosso falar deve ser gentil, cultivando harmonia e unidade entre as pessoas. - Abster-se de tóxicos: Ao caminharmos no caminho da iluminação, em direção à liberdade e clareza da mente, também não é muito útil usar coisas que nublam nossa mente, tornando-a embaraçada. O descuido no uso de tóxicos enfraquece sobremaneira nossa resolução de mantermos os outros preceitos. A importância e o valor dos preceitos está em muitos níveis. Eles agem como uma proteção para nós, uma guarda contra a criação de carma maléfico. Todos esses atos dos quais nos refreamos, nos abstemos, envolvem motivos de avidez, ódio ou ilusão e são carmicamente produtores de dor e sofrimentos futuros. Enquanto a atenção ainda estiver sendo desenvolvida e, às vezes, não estiver ainda muito forte, a resolução de seguir os preceitos servirá como um aviso quando vocês estiverem a ponto de cometer algum ato ruim. Atos inúteis ou ruins também causam um peso e escuridão mental no momento em que os praticamos. Cada ação útil, boa, cada refrear de atividades maléficas, traz leveza e claridade. Se vocês observarem cuidadosamente a mente ao fazerem qualquer atividade, vocês começarão a perceber que toda atividade baseada na ganância, no ódio ou ilusão causa peso para surgir. Seguir esses preceitos morais como regras para viver nos mantêm leves e permite que a mente seja aberta e clara. É uma forma muito mais fácil e menos complicada de viver. Neste nível de compreensão, os preceitos não são entendidos como mandamentos e sim seguidos pelo efeito que têm sobre a nossa qualidade de vida. Não existe o sentido de imposição de forma alguma porque eles são a expressão natural de uma mente clara. Os preceitos têm um significado ainda mais profundo no caminho espiritual. Eles libertam a mente do remorso e da ansiedade. Culpa a respeito de ações do passado não ajuda muito e mantém a mente agitada. Ao estabelecer uma pureza de ações no presente, a mente torna-se mais facilmente tranqüila e penetrante. Sem concentração, o insight é impossível. De modo que um alicerce na moralidade torna-se a base do desenvolvimento espiritual. O terceiro campo de atividade purificadora é a meditação. A meditação está dividida em duas correntes principais. A primeira é o desenvolvimento da concentração, a habilidade da mente permanecer firme sobre um objeto, sem vacilar nem passear. Quando a mente está concentrada há um grande poder de penetração. A mente que está espalhada, dividida, não consegue enxergar a natureza do corpo e da mente. Mas concentração apenas não é suficiente. A poderosa força da mente precisa ser utilizada à serviço da compreensão, que é o segundo tipo de meditação: o cultivo do insight, da percepção. Isto significa ver claramente o processo das coisas, a natureza de todos os Dharmas. O sábio corrige sua mente inquieta, agitada,ardilosa, não-confiável, tal como o arqueiro constrói a flecha (Buda; Dhammapada - verso 33)Tudo é impermanente e está em fluxo, surgindo e passando de momento em momento. A consciência, o objeto, todos os diferentes fatores mentais, o corpo: todos os fenômenos compartilham do fluxo da impermanência. Quando a mente está clara ela experimenta essa mudança incessante a nível microscópico: de instante a instante estamos nascendo e morrendo. Não há nada ao que nos agarrarmos, nada a que nos atarmos. Não devemos nos apegar a nenhum estado mental ou corporal, nenhuma situação externa a nós mesmos, pois tudo esta mudando no momento. O desenvolvimento do insight significa experimentar o fluxo da impermanência dentro de nós de modo que possamos começar a abrir mão, a ceder, não nos agarrando tão desesperadamente aos fenômenos mente-corpo. Experimentar a impermanência leva a uma compreensão de insatisfação inerente do processo mente-corpo: insatisfação no sentido de que ele é incapaz de nos dar qualquer tipo duradouro de felicidade. Se pensarmos que o corpo vai ser a causa da nossa paz, felicidade e alegria permanentes, então não estaremos vendo a decadência inevitável que vai ocorrer. Conforme começamos a ficar velhos e doentes, decadentes e morremos, as pessoas com um forte apego ao corpo experimentarão grande sofrimento. A decadência é inerente a tudo o que aparece, que surge. Todos os elementos da matéria, todos os elementos da mente, surgem e desaparecem. Outra característica de toda existência, que pode ser vista com o desenvolvimento do insight e da consciência, é que em todo esse fluxo dos fenômenos não existe algo como um "eu" ou um "self", um "meu", ou um "mim". São apenas fenômenos fluindo, fenômenos vazios, vazios de self, de ego. Não há entidade por trás de tudo que esteja experimentando tudo. O experimentador, o sabedor é, em si mesmo, parte do processo. À medida que o insight é cultivado através da prática da atenção, as três características da existência são reveladas. O insight é um processo de purificação: quando todas as negatividades em nossa mente tiverem sido vistas, examinadas e finalmente extirpadas, elas não surgem de novo. Sabedoria é a culminação do caminho espiritual, que começa com a prática da generosidade, refreamentos morais e o desenvolvimento da concentração. A partir dessa base de pureza surge o insight penetrante na natureza da mente e do corpo. Ao estarmos perfeitamente atentos ao momento, tudo aquilo que foi acumulado em nossas mente começa a subir, emergir. Todos os pensamentos e emoções, toda a malevolência, avidez e desejo, toda a luxúria, todo o amor, toda a energia, toda a confiança e alegria, tudo que está em nossas mentes começa a ser trazido ao nível consciente. E através da prática da atenção, do não agarramento, da não-condenação, não-identificação com coisa alguma, a mente torna-se mais leve e mais livre. Uma indicação do poder relativo desses vários campos de parami foi dada pelo Buda. Ele disse que o poder da purificação na doação é aumentado pela pureza do recebedor. Mas muitas vezes mais poderosa, até mesmo do que ter feito uma oferenda ao próprio Buda ou à uma ordem inteira de monges e monjas iluminados, é a prática do pensamento da bondade amorosa com uma mente concentrada. E ainda mais potente do que cultivar esse pensamento amoroso é ver claramente a impermanência de todos os fenômenos, pois esse insight dentro da impermanência é o início da liberdade. Por Joseph Goldstein; A Experiência do Insight - Editora Roca
Do site Saindo do
Matrix:
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